27/10 – Dia Estadual de Prevenção de Câncer de Colo Uterino

O que é Câncer de colo do útero?
O câncer de colo de útero é um tipo de tumor maligno que ocorre na parte inferior do útero, região em que ele se conecta com a vagina e que se abre para a saída do bebê ao final da gravidez.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de colo de útero é o terceiro mais incidente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama e do câncer colorretal. No entanto, hoje o diagnóstico é feito muito mais precocemente: na década de 1990, 70% dos casos eram diagnosticados em sua forma mais avançada. Já nos dias atuais, 44% são identificados na lesão precursora.

Causas
O câncer de colo de útero usualmente ocorre quando há uma mutação genética nas células da região, que começam a se multiplicar de forma descontrolada.

Normalmente essa mutação está relacionada a presença de alguns tipos de vírus HPV. O HPV é muito comum em mulheres (estima-se que 90% delas entrarão em contato com alguma cepa desse vírus ao longo de sua vida), mas apenas alguns tipos do vírus estão relacionados com casos de câncer de colo do útero principalmente os tipos 16 e 18 (presentes em 70% dos casos), mas também os tipos 31, 33, 35 ou 39.

Aproximadamente 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, mas apenas 32% delas estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos. Normalmente o tumor se desenvolve a partir de uma lesão percursora, que pode ser causada pelo HPV. Elas são totalmente tratáveis e curáveis, e apenas quando não são tratadas por muitos anos, elas podem se desenvolver em um câncer.

Essas lesões não apresentam sintomas, mas são facilmente detectadas nos exames Papanicolau, colposcopia e vulvoscopia. Converse com um ginecologista sobre estes exames. Além disso, apenas a presença do HPV não ocasiona o câncer de colo de útero, é preciso ter outros fatores de risco para que a doença se desenvolva.

Fatores de risco
Os fatores de risco para câncer de colo de útero envolvem:

  • Início precoce da vida sexual, que aumenta o risco de ter HPV;
  • Grande quantidade de parceiros sexuais também aumenta o risco de contrair HPV;
  • Presença de outras DSTs, como gonorreia, sífilis, clamídia ou HIV aumentam o risco do HPV;
  • Sistema imunológico mais fraco, principalmente em pessoas que tem alguma condição de saúde que interfere em sua imunidade, faz com que o HPV tenha mais chances de se manifestar;
  • Tabagismo pode aumentar incidência de carcinoma de células escamosas;
  • Uso prolongado de pílula anticoncepcional (por mais de 5 anos);
  • Histórico de três ou mais gestações;
  • Uso de DIU;
  • Histórico familiar de câncer de colo de útero.

Além disso, existem fatores de risco que aumentam o risco de cânceres de modo geral, como:

  • Excesso de peso;
  • Baixo consumo de frutas e vegetais.

Sintomas de Câncer de colo do útero
O câncer de colo de útero inicial ou mesmo o pré-câncer não costumam apresentar sintomas e são somente detectados pelos exames de rotina femininos.

Os casos mais avançados de câncer no colo do útero costumam causar:

  • Sangramento vaginal seja durante a relação sexual, entre as menstruações ou após a menopausa;
  • Corrimento vaginal anormal e com coloração e odores diferentes do normal;
  • Dor na pelve ou durante a relação sexual.

Buscando ajuda médica
A melhor forma de detectar precocemente um câncer de colo de útero ou qualquer outro problema comum de saúde feminina é indo anualmente ao ginecologista e fazendo os exames de rotina.

Prevenção
A melhor forma de prevenir o câncer do colo de útero está na prevenção da infecção por HPV. A medida preventiva mais preconizada para o HPV é o uso de camisinha. A maior parte das transmissões desse vírus são sexuais e ao impedir o contato da pele entre os parceiros, a camisinha é uma das melhores formas de prevenir o problema.

Vacina para HPV
Além disso, a vacina do HPV é uma forma interessante de prevenir a doença. Existem duas vacinas para prevenção HPV aprovadas e registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e que estão comercialmente disponíveis: a vacina contra HPV quadrivalente, que confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 18. A outra opção é a vacina contra HPV bivalente, que confere proteção contra HPV 16 e 18.

De acordo com a literatura científica, as vacinas contra o HPV previnem aproximadamente 70% dos casos de câncer de colo do útero, aqueles causados pelos HPV 16 e 18. Isso não elimina, porém, a necessidade de as mulheres passarem por consultas de rotina ao ginecologista para a realização de exames preventivos.

Rastreamento de rotina
Seguir com os exames ginecológicos de rotina após o início da vida sexual também é importante, pois eles permitem uma detecção precoce de lesões pré-cancerígenas e do câncer em si, o que proporciona uma melhor chance de recuperação.

Prevenção para outros fatores de risco
Além disso, existem algumas medidas que ajudam a reduzir o risco de ter câncer de colo de útero:

  • Não fumar;
  • Praticar sexo seguro.

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer-de-colo-do-utero