22/09 – Dia Mundial da Leucemia

O que é leucemia?
A leucemia é um câncer maligno que começa na medula óssea, onde as células sanguíneas são produzidas. Os leucócitos (glóbulos brancos) são as células acometidas, o que faz com que se reproduzam descontroladamente, gerando sintomas e sinais da doença.

A leucemia se divide em duas categorias: mielóide e linfóide. A primeira citada é derivada da célula-tronco mielóide e pode ser o granulócito, basófilo, monócito, eosinófilo ou eritrócito. Já no caso da linfóide, o linfócito é a célula doente.

Existe, ainda, uma classificação de acordo com a velocidade de divisão dessas células. Quando a divisão é rápida, é conhecida como leucemia aguda; já quando a divisão é lenta, é conhecida como leucemia crônica. A leucemia crônica se desenvolve lentamente e as células envolvidas são parecidas com a célula normal, permitindo que os pacientes, mesmo doentes, consigam manter algumas funções normais no organismo. A leucemia aguda, por sua vez, possui a progressão rápida e afeta as células jovens que ainda não foram completamente formadas (blastos), comprometendo suas funções e a capacidade de defesa do organismo.

Causas
Todos os tipos de leucemia citados acima ocorrem por conta de uma alteração genética que não é hereditária e sim adquirida durante a vida. As células sofrem uma alteração genética fazendo com que ocorra uma divisão celular que desativam os genes supressores do tumor. Acontece também a multiplicação desenfreada de uma mesma célula levando ao surgimento do câncer.

Fatores de risco
A causa exata das leucemias ainda é desconhecida, mas sabe-se que existem alguns fatores que facilitam o surgimento do câncer. Eles são:

  • Algumas doenças do sangue, como mielodisplasia e neoplasias mieloproliferativas;
  • Algumas doenças genéticas, como anemia de fanconi, neurofibromatose, síndrome de Down e outras;
  • Exposição a produtos químicos, derivados de benzeno, que podem estar presentes em indústrias petroquímicas e fábricas de produtos químicos;
  • Tratamento prévio com radioterapia ou quimioterapia;
  • Exposição a radiação ionizante, como observado em pessoas que sobreviveram de vazamento nuclear e bomba atômica;
  • É preciso deixar claro que, por mais que haja algum fator de risco, não é certo que o paciente terá a doença.

Quais os sintomas da leucemia?

Hemorragias, infecções e anemias são sintomas comuns da leucemia, por conta do prejuízo causado pela produção de plaquetas, glóbulos brancos e glóbulos vermelhos, respectivamente.

A leucemia tem cura?

Sim, a doença possui cura. A maioria dos casos de cura envolve o transplante de medula óssea, mas ela pode ocorrer também através da quimioterapia e da radioterapia.

Diagnóstico

Os médicos especializados para dar o diagnóstico da leucemia são oncologistas ou, então, hematologistas.

Não existe forma de detectar a leucemia precocemente, portanto ficar atento aos sintomas e sinais é a melhor forma de descobrir a doença. Se houver na família crianças com doenças genéticas sinalizadas nos fatores de risco esse cuidado deve ser ainda mais intenso, pois os riscos são maiores. O mesmo é válido para pessoas que trabalham em indústrias químicas ou que já passaram por tratamento de quimioterapia e/ou radioterapia.

Tratamento para leucemia

Assim como a leucemia é separada em 4 tipos, a forma de tratamento também costuma variar de acordo com a causa da doença e suas variações. Geralmente, o tratamento da leucemia linfoide crônica não precisa ser feito imediatamente após o diagnóstico, diferente da leucemia aguda, que precisa de tratamento imediato com a quimioterapia e, até mesmo, o transplante de medula.